Estamos todos impacientes

Estamos todos impacientes: o que essa pressa está escondendo?

Você já percebeu como a paciência virou artigo de luxo?

No trânsito, qualquer segundo a mais gera buzina. No mercado, alguém demora pra passar a compra e já vem o suspiro. No grupo de mensagens, se não responde logo, alguém cobra. A impaciência está em todo lugar — e talvez você também esteja sentindo na pele.

Vivemos em modo automático, correndo contra o tempo. Resolver tudo rápido virou regra. Mas o que essa pressa diz sobre a gente?

A pressa virou o novo normal

A rotina está lotada. A mente, acelerada. E no meio disso, a gente vai se tornando cada vez menos tolerante com o outro. Queremos agilidade, eficiência, respostas prontas. Só que relações humanas não funcionam assim. Nem tudo se resolve no clique de um botão.

A impaciência vai se infiltrando nas conversas, nas relações, nos vínculos mais próximos. Ficamos mais reativos, menos abertos, menos disponíveis. A convivência vira desafio.

O que tem por trás dessa impaciência?

Muitas vezes, a pressa é uma máscara. Ela esconde o cansaço, a sobrecarga, a frustração, o medo de não dar conta. É como se estivéssemos sempre um passo atrás do que deveríamos estar fazendo. Então, qualquer coisa que “atrapalha” o ritmo, vira ameaça.

Mas será que estamos mesmo tão ocupados assim — ou estamos nos escondendo atrás da ocupação?

O impacto nos vínculos

Quando não temos tempo (ou disposição) para escutar, esperar, acolher… as relações se esvaziam. A impaciência afasta. E o pior: ela se normaliza. A gente começa a achar que é assim mesmo. Que todo mundo está impaciente, então tudo bem ser também.

Mas não está tudo bem.

Um convite

Da próxima vez que sentir a impaciência crescendo, faz uma pausa. Se pergunta: por que isso me incomodou tanto? O que estou tentando acelerar aqui? Com o que realmente estou com pressa?

Talvez a resposta não venha na hora. Mas o simples ato de perguntar já é um respiro.